terça-feira, 22 de abril de 2008

A Ordem da Desordem

O hábito de usar a rua é sem sombra de dúvidas uma das maiores marcas culturais do carioca.

Assim, cabe aqui lembrar que direitos e deveres se estabelecem primeiro na prática, depois por convenção. O senso do que é justo, do que é socialmente aceitável ou desejável, firma-se em valores culturais.

Por mais complexa que possa ser a construção e manutenção da ordem urbana em logradouros públicos, observa-se que tal manutenção necessita da participação de todos nós (público usuário). Somos os principais atores; o conflito do cotidiano tem a nossa participação; somos ao mesmo tempo, alvos ou autores da ação.

Portanto, um projeto de manutenção da Ordem Urbana, desse porte, para que seja eficaz, faz-se necessário, ouvir a opinião desses usuários com o intuito de conhecer o que realmente a população valoriza.

A recente pesquisa, elaborada pela Coordenação de Controle Urbano da Prefeitura do Rio, com os freqüentadores da praia de Copacabana mostrou que a maioria dos cidadãos, consome algum tipo de produto; do aluguel de cadeiras a comidas e bebidas.

Quando perguntados sobre o que faziam com o seu lixo 97% dos pesquisados disseram que recolhem.

Uma contradição já que a Comlurb recolhe 17 toneladas de lixo mensalmente da praia.

Esta contradição é um dado muito importante, porque denuncia um certo constrangimento do cidadão em não recolher seu lixo.

A pesquisa, ainda na sua primeira fase, apresenta-se como ferramenta de conhecimento para as ações da Prefeitura do Rio e em especial para a Coordenação de Controle Urbano.

Os números apontam para a necessidade de conscientizar, e com isto, diminuir a demanda. O trabalho integrado da Prefeitura, do Estado, das associações de moradores e laborativas produz transformações. Devemos ser capazes de estimular e desenvolver nos cidadãos cariocas o conceito e o dever do consumo consciente.

Trabalho conjunto, como o desenvolvido pelo Projeto de Segurança de Ipanema; onde são discutidas e implementadas ações, aliando programas de conscientização, de fiscalização e repressão, são o caminho para o engajamento de todos.

É fundamental que cada um de nós não caia na tentação do consumo de mercadorias de origem, na melhor das hipóteses duvidosa; sob pena de retroalimentarmos o processo de desordem.

No exercício da cidadania é necessário que estejamos dispostos a preservar a liberdade de usar as ruas com respeito a um conjunto de regras, nascido do conhecimento de uma cultura para, em seguida, cumprir uma ordem urbana racional e eficaz.

LIBERDADE COM RESPONSABILIDADE!

Um comentário:

PC FOTOGRAFO disse...

Galera
Boa Noite
Num dos jornais passados, li um drops onde o Ancelmo Gois comentou que cinema de shopping, é pra rico, e concordo. Porém eu Paulo Cesar de Sousa, sou morador de Bangu onde existe um cinema que foi ianugurado a cerca de 1 ao e nós estamos desenvolvendo um projeto denominado CINEMA EM MOVIMENTO, onde com uma condução própria os levamos ao cinema gratuitamente as crianças da rede publica de ensino, rede particular, comunidades e associações de moradores ...Inteiramente gratis ...já participaram deste evento cerca de 800 crianças da das escolas da região e temos mais 13 escolas ja agendadas,,,liga pra mim caso hoja interesse em falar deste projeto ..tudo a favor da cultural...Grande abraço PC sousa
97966814 8524310 7853 6102 id 23*31526
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para vc meditar

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